maio 18, 2010

Análise do texto: "Ensino de História: fundamentos e métodos"

HISTÓRIA NAS ATUAIS PROPOSTAS CURRICULARES.
A proposta do capítulo III do livro Ensino de História: fundamentos e métodos, da autora Circe Maria Fernandes Bittencourt é proporcionar ao leitor o conhecimento dos métodos e técnicas que serão aplicadas em sala de aula, porém considerando os fatores normativos, ou seja, o prescrito e vigente no âmbito jurídico concernentes às propostas curriculares. As renovações ocorridas no ensino de História levam Bittencourt e os leitores a indagarem se as alterações nas técnicas e métodos são respostas provenientes ao mundo tecnológico e informatizado, ou tem promovido o conhecimento histórico sem planos secundários? E diante do questionamento a escritora aflorará a organização dos documentos oficiais e a terminologia pedagógica. As características presentes no modelo Brasileiro de educação são permeadas por modelos externos, principalmente da França. Interferências externas, fatores sociais e políticos direcionam a educação escolar e modelam a sociedade contemporânea. 




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Outro fator relevante e alvo da crítica da escritora é que o novo molde acentua dominação e exclusão devido ao capitalismo, seguindo á lógica do mercado. Diante do exposto conclui-se que as alterações das propostas curriculares são artifícios para preparação de um aluno inserido em um contexto tecnológico e submetido à política do lucro, e que o mesmo esteja hábil a persuasão e organização autônoma, individualizado e competitivo às relações de trabalho. Quanto aos currículos e sua aplicabilidade Bittencourt permite de forma sucinta que o leitor entenda suas diferentes faces perante o ensino, ou seja, “O formal (ou pré-ativo ou normativo) é criado pelo poder estatal, o currículo real (ou interativo) é o realizado em sala de aula por alunos e professores, e o oculto é aquele que impõem normas na escola, mas sem registros oficiais, tais como discriminações étnicas e sexuais. E ainda o avaliado, que medem o domínio dos conteúdos, avaliando as habilidades técnicas e a prática da cultura letrada.” (BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. p. 104). Os currículos mais recentes levam para a sala de aula a dinâmica e interação, enfatizando e relacionando o tema proposto com a realidade de outras épocas, as influências e os resquícios. O ensino de história deixa de ser sistematizado aos olhos nus, para que a aula seja um momento enriquecedor, com ares de descontração e aberto aos debates, porém o cunho final é lapidar o aluno enfatizando o tema sobre uma ótica direcionada aos conteúdos sociais e culturais associados a comportamentos, valores e ideários políticos. Diante desta nova proposta, mas recente ainda são os métodos e as novas tecnologias a serem utilizadas em sala, pois para que se haja o atrativo pela disciplina é preciso que se busquem meios e artifícios para entreter e ensinar. E bem discorre Bittencourt ao apontar que o ensino de História deve estar articulado pelo mecanismo televisivo e informatizado, pois em uma geração rica em tecnologias e imagens o uso destas serve como agentes motivadores para os discentes. Porém cabe ao docente fragmentar e inserir a tecnologia em sala de maneira coerente, evitando que as imagens estejam impregnadas por pré-conceitos, e ainda, que sua utilização seja pautada sobre a explicação teórica, não deixando que os recursos utilizados ajam como influentes da alienação, pois o consumo destes meios em diversos casos é excessivo, sem que haja uma interpretação do tema e da ideologia por trás do recurso. Salienta a autora que a utilização de televisão, computadores, recursos áudios-visuais e fragmentação de textos não estão à disposição de todos, o que pode causar uma exclusão social e cultural, e que para esta inserção ocorrer é necessário esforços do campo escolar como um todo, buscando obter tais recursos, mas enquanto tal não ocorre que o professor possa ser o elo do distanciamento com a factual história presente e futura, sua explanação e críticas do tema proposto é que moverá as barreiras que porventura ocorram na formação cognitiva. As propostas curriculares de História apresentam características gerais que a partir do fim da década de 80 alterou suas características, sendo elas: as formulações técnicas; a preocupação e legitimação do professor; a redefinição do papel do professor em sala de aula; a metodologia; fundamentação pedagógica; aceitação do conhecimento prévio por parte do aluno; introdução dos estudos históricos a partir das séries iniciais do ensino fundamental. No resumo das características apresentadas acima a escritora reserva um tópico para estender-se sobre as propostas curriculares para os diferentes níveis de ensino, sendo eles: para alunos de primeira a quarta série; de quinta a oitava série; e História para o ensino médio. Sua discussão abrange este subtema para delinear os caminhos do docente ao abordar temas da disciplina, sendo assim, resumidamente uma pré-definição de conceitos e não a análise dos valores dos mesmos em sua aplicabilidade. A autora analisa os objetivos do ensino da História, na qual inicia a abordagem citando a frase mais comum entre os educadores desta disciplina, “Estuda-se história para compreender o presente e criar os projetos do futuro”. No entanto a doutrinadora adverte que a definição é mais complexa, podendo ser compreendida através das propostas curriculares. Para Bittencourt a História relaciona-se com a constituição de identidade nacional, esta por vez associada à formação de cidadania, explicitamente conhecido como o cidadão político e crítico. A formação política é reflexo de outra característica da História: a formação intelectual, um compromisso do docente em desenvolver a capacidade de observar e descrever, estabelecer relações entre presente e passado, fazer comparações e identificar semelhanças entre a diversidade de acontecimentos no presente e no passado, assim como prever reações futuras. Outra relação implícita no PCN é a formação humanística dos educandos, associada a uma preocupação com o conhecimento dos compromissos gerais da sociedade, revendo as relações do homem em seu meio social, multicultural, ambiental etc. Finda a educadora evidenciando temas para o ensino de História, colocando-os em um sistema organizacional de acordo com as situações pertinentes as escolas, preocupando-se com o meio social na qual esta se firma, e a comunidade à que esta se relaciona. Sabiamente o capítulo estudado transmite ao leitor a consciência de que as propostas atuais exigem um trabalho intenso do professor, e que este seja um amante da educação e eterno aprendiz para que a sala de aula seja a extensão dos melhores momentos de sua jornada terrena, proporcionando o saber como se este fosse à água da fonte que refresca a humanidade e os proporciona à vida. BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. p. 97 – 128
maio 10, 2010

Análise do Texto: ENSINAR HISTÓRIA de Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli

Análise do Texto: ENSINAR HISTÓRIA de Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli O texto de Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli oferece aos leitores da obra a oportunidade para entrar em contato com as propostas recentes destinadas ao ensino de História. Salientam a importância de uma aula ministrada de forma clara, agradável e enriquecedora. Um projeto contínuo de aprendizagem recíproca entre docentes e discentes, através do diálogo e da relação entra o tema e a concepção do aluno sobre a mesma. As respectivas autoras apontam técnicas, métodos e recursos didáticos para que o ensino seja dinâmico e apreciativo perante a sala de aula. As estratégias de ensino elencadas pelas educadoras, considerando os métodos e técnicas aplicadas são procedimentos relevantes para a organização do saber, articulando elementos constitutivos do saber histórico com os do fazer pedagógico. Mutuamente proporcionando aos alunos a participação deste processo de fazer, contar e narrar a história. Schmidt e Cainelli após margear seus ideais do processo educativo do ensino da História nos dias atuais abordam em segundo plano os conceitos dos principais métodos utilizados hoje em sala de aula, e sobre eles dialogam com o leitor as técnicas e a eficácia destas em sua aplicabilidade. Em relação à abordagem magistral compreende esta como um método tradicional, onde o professor é o único transmissor do conhecimento, e o aluno mero assistente. É uma linguagem descritiva da história, de cunho factual e modelo determinista, atualmente mais utilizada no ensino médio e superior. Já a abordagem dialogada é aplicada em tese no ensino fundamental, e sua técnica é levar os alunos a interagirem com o tema proposto, de caráter interativo. Porém tal método necessita da colaboração da classe e do domínio do professor em ser um propagador do entretenimento coerente com a realidade dos fatos do passado e seus alcances na temporalidade, para que assim não haja uma concepção propriamente positivista, onde as maiorias dos alunos entendem do tema exposto uma pseudoverdade e não a realidade histórica. Entretanto salientam os autores que a abordagem dialogada é enriquecedora no processo ativo do saber-fazer, desde que esta atenda requisitos de disciplina. A abordagem construtivista também em pauta pelos doutrinadores adere à concepção da auto-aprendizagem experimental, ou seja, impregnada pela transmissão documental, do saber através da leitura e conceitos concebidos por outros doutrinadores, há uma presunção da veracidade dos documentos em detrimento ao ponto de vista epistemológico, sem apreciação do espírito humano sobre o fato, não cogitam o sonho ou a abstração hipotética. O questionamento existe, de forma preliminar, mas cogitar a realidade é algo não concebido, uma vez que a leitura e suas diversas ramificações pelo campo científico podem expor uma verdade mais convincente. Exposto os moldes da abordagem em sala de aula cabe ao professor utilizá-los de acordo com a necessidade verificada no âmbito escolar, uma vez que é a realidade deste local, a localização do mesmo, e a comunidade participativa que implicará nos métodos a serem utilizados. Agindo o docente com competência e paixão em seu labor é que propiciará aos demais a formação de cidadãos esclarecidos. Adiante, a obra “Estudar História”, traz uma abordagem na qual se compreende como um modelo técnico a ser desenvolvida ao ministrar uma aula, uma passagem pelos recursos didáticos em situações de: Explicação contínua; Aulas sequenciais; e Trabalho com dossiês. E em ambas as situações as autoras refletes sobre os mecanismos aplicados em cada situação, uma variante para que o ensino não seja monótono, desprovendo o fastidioso ensino teórico e cronológico na qual a história se perdurou por muito tempo em termos de objetividade da disciplina. Após explicitar as técnicas e modelos pedagógicos coerentes com a formação escolar contemporânea e relevante para a construção do saber-fazer recíproco entre docentes e discentes, as autoras Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli esboçam planos de aulas e sua aplicabilidade como um todo de forma disciplinadora e educativa de respectivos temas. E seus ensinamentos propostos em dissertação narrativa e explicativa e resumidamente elencada nesta breve análise sobre a obra faz com que futuros professores, educadores, historiadores assimilem os ideais de que a educação é um processo contínuo e evolutivo, e que o alicerce desta eterna construção do conhecimento é o amor e a dedicação no que se propõem a fazer.
Para exemplificar, segue acima um dos novos método de ensinar história. Vale a pena assistir.
Winderson Marques

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