junho 11, 2010

Breve análise sobre a prática de Shantala em bebês com paralisia cerebral

A massagem é a arte original de tocar com qualidade, de proporcionar relaxamento em partes do corpo ou nele todo. Apresenta vários benefícios, além de não necessitar de uma tecnologia avançada para realizá-la. Necessita apenas de um toque firme, mas, ao mesmo tempo com extrema suavidade das mãos sobre a pele. O toque está ligado às emoções. Segundo Hoffmann (2005), o ato de tocar é um comportamento que pode conter elementos fundamentais para o desenvolvimento humano, principalmente para os bebês, desde a vida intra-uterina, pois o toque proporciona um bem estar físico, emocional e social. A qualidade do toque na criança pode gerar tendências positivas durante seu desenvolvimento. Espera-se que a massagem modifique as células do sistema nervoso, ative física e psiquicamente o organismo, causando sensação de bem estar geral (LIMA, 2004). Em bebês a massagem é bastante adequada e indicada. O obstetra francês Fréderick Leboyer, percorrendo a Índia conheceu Shantala, uma mãe indiana que massageava seu filho, com extrema lentidão, em uma sequência rítmica e ordenada de movimentos. O médico ficou encantado com o carinho e amor que aquela mãe transmitia através da massagem para seu bebê e, aproximadamente em 1975, trouxe a técnica para o Ocidente para fins terapêuticos (GUIMARÃES et al, 1997). A técnica proporciona vários benefícios, tais como melhorar o vínculo afetivo entre mãe e filho, acalmar e ajudar o bebê a dormir melhor, diminuir o medo, a ansiedade, irritação, aliviar os sintomas de cólicas e ainda favorecer o desenvolvimento psicomotor (HOFFMANN, 2005). A Shantala é indicada nos casos de distúrbio da fala, passividade, hiperatividade, irritação, tiques nervosos, distúrbios respiratórios, enurese noturna, autismo, cegueira, surdez, Síndrome de Down, Paralisia Cerebral (PC), para melhora do padrão de sono e do atraso no desenvolvimento motor normal (HOFFMANN, 2005 apud GUIMARÃES et al, 1997, p.14). Dentro dessa abordagem, pensar na massagem em bebês portadores de deficiências torna-se coerente. Bebês com paralisia cerebral apresentam alterações da postura e do movimento, dificuldades na coordenação motora e privação de estímulos sensoriais pelos déficits motores. Na paralisia cerebral ocorre uma lesão não progressiva, porém o quadro modifica-se à medida que a criança cresce, podendo tornar-se uma patologia incapacitante. Elas evoluem muitas vezes, com quadros tão graves, como comprometimento cognitivo e transtornos sensoriais que podem nunca serem capazes de andar, falar e compreender o que se passa ao seu redor, com dificuldades no seu desenvolvimento motor. Sendo assim, a massagem Shantala pode vir a contribuir para um melhor desenvolvimento do bebê portador de paralisia cerebral, auxiliando no seu desenvolvimento global, na qualidade de sua percepção corporal e do ambiente em que vive, além de favorecer o vínculo mãe / filho, abalado por prováveis intercorrências no nascimento e início da vida do bebê. A Shantala pode resgatar esses estímulos e proporcionar à criança maior tranquilidade, uma melhora do tônus muscular e de sua movimentação global. Além disso, a massagem favorece o que é fundamental para a criança que é o contato físico, com amor e carinho, através do toque, sendo um recurso que pode influenciar de forma positiva a qualidade de vida do bebê e sua família. Saiba um pouco mais sobre Shantala:
Aline Cristina Maldonado
junho 06, 2010

"Vítimas do Bullying"

Os números de vítimas de Bullying impressionam, e ainda mais impressionante é ver que os agressores são muitos, isso sem falar nos conviventes, ou seja, nos covardes, que presenciam as cenas e nada fazem. O Bullying em alguns casos chega a ser confundido como uma brincadeira, uma brincadeira que persegue, humilha e intimida! Pergunto-me: _ Qual a graça?... Sabe-se hoje, através de pesquisas e estudos, que as vítimas do Bullying apresentam diminuição da auto-estima, se isolam da sociedade, e até mesmo cometem suicídio. O médico Aramis Lopes Neto, coordenador do primeiro estudo a respeito do assunto Bullying, realizado pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção a Infância e Adolescência (Abrapia) relata um fato curioso e digno de atenção governamental, pois as pesquisas realizadas a nível mundial apontam que alta porcentagem dos agressores, os agentes Bullies adotam ao longo da vida uma conduta criminosa, delinquente, tornam-se adultos violentos, e antes dos 24 anos já apresentam passagem pela polícia. Para compreendermos melhor o Bullying e abordá-lo na temática da relação entre as pessoas indico a visualização dos vídeos: Os vídeos acima trazem a participação da Psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva no programa Altas Horas, e, a entrevista foi excelente, elencando pontos fundamentais para assimilação do assunto. Porém há divergências doutrinárias no assunto que buscam não igualar a violência escolar com o conceito de Bullying, pois para muitos pesquisadores cada qual ocorre com suas características específicas. Em uma lógica sobre o análise desta discussão resumo da seguinte forma: “Bullying é um ato de violência escolar, mas nem toda violência na escola pode ser tratada como bullying” Exemplificando: Um aluno que durante uma discussão não habitual parte para a agressão cometeu um ato de violência na escola, agora se essa discussão for marcada por constantes agressões físicas e psíquicas ao longo do ano é um quadro de Bullying. Vejamos um quadro de Bullying: Como podemos notar no relato da mãe, este é um caso de Bullying, pois as agressões foram repetidas, e houve a filmagem e posteriormente a exibição do vídeo, cujo cunho era agredir ainda mais a vítima, uma forma de humilhar, na qual o agressor tem o prazer e se sente superior a vítima. Em seguida proponho a você leitor a oportunidade de aprofundar-se ainda mais no assunto assistindo o vídeo abaixo: (considero este um dos melhores vídeos que encontrei na internet sobre o assunto). O vídeo disponível no canal R7, um recorte do programa Hoje em Dia traz peculiaridades bem interessantes para serem discutidas. A primeira que destaco é o caso de João e de Camila e suas respectivas famílias, ambos sofreram com Bullying e como dito na entrevista: “Deram a volta por cima”, mas o interessante é como se deu esta volta, como se reintegraram, ou de certa forma foram inclusas dentro de um processo. A “orelha de abano” e a do “cabelo de empregada” foram submetidas a uma adaptação para enquadrar-se dentro dos estereótipos julgados pela sociedade padrão. A mãe de Camila argumentou dizendo que procurou a Escola e que a resposta obtida é que ela teria que se conformar, pois isso ocorreria em outras ocasiões, que não ia ter como fugir de preconceitos e de maldades. A mãe não concordou, achou um absurdo a resposta. Até aí tudo bem, concordo plenamente, a escola não fez o seu papel, e em seguida a mãe no meu ponto de vista cometeu um erro que foi a reconstrução de sua filha, foi uma maquiagem no assunto. O caminho mais fácil, o da transformação, é recurso de poucos e não combate o mal pela raiz. Na memória dessas crianças estará a não aceitação durante um determinado período, uma lembrança que terão que carregar e se lembrar a cada olhar no espelho, e ver suas orelhas novas, ou o seu cabelo novo. E o que considero mais grave, é que se houve um julgamento de que a sua verdadeira identidade não era pertinente à sociedade na qual convivem, futuramente desenvolverá um preconceito, podendo ser futuros Bullies para condenarem aqueles que não estão inseridos dentro do padrão do belo ou moderno. A transformação ela pode ocorrer, mas desde que tratada junto com o recurso da busca pela aceitação dos diferentes, de buscar um espaço para ser respeitado e admirado com seus defeitos e qualidades. Ainda sobre a reportagem do Hoje em Dia pude notar e me identificar com a repórter Nathalia Arcuri que se sensibilizou com a coragem e com a postura correta de Beatriz, que lidou com os Bullies com naturalidade e ganhou deles a admiração, ela se lançou ao desafio de ser aceita como é. Neste caso também há riscos, porém se houver uma observação e acompanhamento da família e da Escola o dano poderá ser menor, com um quadro clínico menos traumático a vítima. Lembro a todos que o blog traz uma visão peculiar deste que o escreve, uma opinião própria sobre os assuntos abordados. Primeiramente é feito uma leitura de outros blogs, sites, vídeos e doutrinas e após a análise exponho minha opinião. Não se trata de um artigo científico, ou de um resumo de escritores renomados, muito menos de um texto com padrões de ortografia etc. Para finalizar um vídeo do jovem que poderia muito bem ser considerado embaixador do combate ao Bullying. Na sua simplicidade demonstrou coragem e sensibilizou os meios de comunicação para uma campanha mais nítida no Brasil. DREVER, Diogo. “A brincadeira que não tem graça” Disponível em: http://www.educacional.com.br/reportagens/bullying/ REDAÇÃO AGÊNCIA BRASIL. “1/3 dos alunos de 5º e 8º séries já sofreram bullying” Disponível em http://www.apukaonline.com.br/

Winderson Marques

junho 04, 2010

“Bullying – Termo novo para um velho problema”






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Bullying! Como este assunto está na moda, pois é! _Bullying! Os noticiários globais e a mídia de uma forma geral andam explorando cada vez mais o tema, principalmente quando este ocorre no ambiente escolar. O assunto é um tanto complexo, podendo ser estudado e analisado perante vários fatores, como também por diversos olhares, personagens. Mas neste momento irei sintetizar conceitos, e através destes compreender e transmitir ao leitor um pré-conhecimento sobre esta matéria, que certamente será pautada em algum momento de nossas vidas, ou como vítimas, ou agentes, ou no papel de educadores buscando conscientização e resolução da problemática que ocorre habitualmente nas escolas. Podemos definir Bullying como um sistema comportamental de um indivíduo ou de um determinado grupo, que apresenta características agressivas e negativas, e estas ocorrem costumeiramente. E há uma relação de superioridade diante da vítima, um desequilíbrio de poder entre os envolvidos. A definição citada no parágrafo acima com certeza nos leva a imaginar uma situação já vivida ou conhecida. Os Bullies intimidam e humilham aqueles que para eles são inferiores, e assim praticam e utilizam técnicas de insultar a vítima, xingamentos, ataques físicos ou psicológicos, depreciação, ameaças, espalha boatos que difamam, isolam a vítima, chantageiam etc. Enfim, tudo se resume em um comportamento que é contrário à proposta da educação. A terminologia utilizada para a compreensão destes atos é nova, recente no Brasil, mas sabemos que bem antes, desde as primeiras escolas fundadas em solo brasileiro a prática já existia, às vezes camuflada, ou não tão repetidamente como é característica do habitual, porém não podemos achar que esta é uma nova fase, um problema recente. E ainda não acharmos que nas escolas os Bullies são somente os alunos, pois os professores podem sim ser agentes dessa prática, mas o foco neste momento são os discentes. Para que possamos compreender melhor vejamos o vídeo abaixo, que com o bom humor conseguiram ilustrar situações de Bullying. O vídeo anexado acima é coerente com alguns pontos, ou seja, as técnicas dos Bullies apresentadas fazem parte da realidade, mas saliento que as agressões não são direcionadas tão somente aos “nerds”, a vítima pode ser qualquer um. Diante dos atos de agressão física e psicológica nas escolas nos questionamos sobre o papel do educador. Como este deve agir? Como a escola deve se preparar? Qual a prevenção?... O questionamento é intenso, e as respostas cabem a nós procurarmos. E ao assistir uma reportagem no Jornal Hoje sobre o aumento da violência nas escolas, algumas frases foram tocantes para a preparação pedagógica. O psiquiatra Renato Piltcher diz em entrevista: “O combate a violência é uma realidade que não está nos livros” À afirmativa é correta, pelo menos se analisarmos friamente o que está escrito nas doutrinas. E complemento o pensamento com a frase do educador Mário Sérgio Cortella “Há um afrouxamento das regras disciplinares” As duas frases apontadas acima em um processo de reflexão são coerentes, porém ambas dão margem a uma questão na qual considero o cerne da existência do Bullying, ou seja, Quem são os culpados?... Se esta é uma realidade que não está nos livros então o livro que prepara e ensina precisa ser reformulado, inserido em seu contexto uma preparação mais rígida, pois se há um afrouxamento é porque alguém deixou que houvesse! Como eu já disse, o termo Bullying é novo, mas o problema é antigo. CORTELLA vai além e relaciona o problema com a perspectiva de futuro, na qual subentendo uma ligação via mídias de comunicação e o processo do consumismo e capitalismo. Ironia a parte, tanto Renato Piltcher e Mário Sérgio Cortella dão nome aos bois. Para o psiquiatra e para o educador, tudo se começa no berço, na família, no exemplo familiar, e ainda, nas primeiras regras de ética, de cidadania, estas vindas de casa, e trabalhadas pelo professor e ampliada pela sociedade. Quando se fala em família nos primeiros ensinamentos, desde regras de etiqueta, ensino religioso, cidadania, entre outros, a frase mais vívida que me aflora os sentimentos é que a principal lição a ser difundida é o “amor ao próximo”. Um amor capaz de ajudar, ensinar, e principalmente respeitar.

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